Distribuição da água na natureza

Cerca de três quartos do planeta estão cobertos por água constituindo a Hidrosfera. Porém, dessa água somente 1% reúne as condições necessárias para satisfazer as necessidades humanas.

Apenas 1% de toda a água é potável.

Na natureza, a água encontra-se nos três estados físicos da matéria: sólido (nos glaciares, na neve, no gelo, ...), líquido (nos oceanos, mares, rios, lagos, chuva, ...) e gasoso (no vapor de água que existe na atmosfera). É devido à energia solar que ela permanece em constante movimento cíclico - ciclo da água -, mudando constantemente de estado.

A água pode mudar de estado físico.

É muito curioso pensarmos que, embora em constante circulação, o volume total de água permanece mais ou menos constante no planeta: nem se cria, nem se perde!

Para compreenderes melhor o ciclo da água vou apresentar-te um fantástico esquema animado e interactivo que encontrei na net. Explora-o bem que é muito interessante! Podes vê-lo aqui.

A água como solvente

Podemos afirmar que praticamente não existe água pura no planeta, pois ela tem uma grande capacidade de dissolver as substâncias que vai encontrando no seu percurso quando circula na natureza.

Se deitares uma colher de sal ou açúcar num copo com água e mexeres bem, o sal e o açúcar desaparecem. Porquê?
Na realidade, nem o sal nem o açúcar desapareceram. Eles apenas deixam de se ver, porque as pequeníssimas partículas que os constituem ficam repartidas uniformemente pela água, obtendo-se, deste modo, água salgada e água açucarada. É por isso que o sal e o açúcar são solúveis na água.

Quando se junta uma substância à água e se obtém uma mistura em que não é possível distinguir a substância do líquido, diz-se que houve uma dissolução. Na dissolução estão envolvidos:


- o soluto ( substância que é dissolvida);

- o solvente  (líquido que dissolve o soluto);

- a solução (resultado da mistura entre o solvente e o soluto, em que não se distingue um do outro).


Existem várias substâncias sólidas, líquidas e gasosas que se dissolvem na água, por isso diz-se que a água é um bom solvente. Por exemplo, a água dos oceanos e mares é salgada porque contém sais dissolvidos, sendo o mais abundante o sal que se utiliza na cozinha. A água doce tem também substâncias minerais dissolvidas como, por exemplo, o cálcio, o sódio, o bicarbonato, o magnésio e o flúor, provenientes das rochas por onde ela passa, tal como acontece com a água das nascentes.
Há, contudo substâncias que não se dissolvem na água, diz-se por essa razão que são insolúveis (na água). O azeite, por exemplo, é insolúvel na água.


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Testa os teus conhecimentos...

Pois bem, chegou a hora de pores à prova os teus conhecimentos sobre a célula e a classificação dos seres vivos. Aqui estão uns jogos para te divertires e aprenderes...

JOGO 1

JOGO 2

JOGO 3

JOGO 4

JOGO 5

Nomes científicos...

Como é que eu me chamo?


Há tantos nomes vulgares das espécies de seres vivos quantas as línguas faladas no mundo (chegam até a ser mais numerosos, porque muitas vezes uma espécie é conhecida por nomes diferentes dentro de um mesmo país)! Esta situação dificultava a comunicação entre cientistas de diferentes nacionalidades. Houve, então, a necessidade de se criar um nome para cada espécie que fosse reconhecido por todos independentemente do país de origem. Surgiram, assim, os nomes científicos das espécies.

Nome científico do gato-doméstico: Felis catus

O nome científico de uma espécie obedece às seguintes regras:

a) É constituído por duas palavras, o nome do género (grupo taxonómico formado por espécies com características comuns) e o restritivo específico (nome exclusivo de cada espécie);

b) É escrito em Latim;

c) Deve sempre ser escrito em itálico ou, caso seja escrito à mão (manuscrito), deve ser sublinhado.


Repara que nas espécies gato-doméstico (Felis catus), gato-bravo (Felis silvestris) ou gato-da-selva (Felis chaus), o primeiro termo do nome científico é semelhante: Felis. Isto dá indicação de que, embora sejam de espécies diferentes, este animais pertencem a um mesmo género (precisamente o género Felis)!
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Divisão dos seres vivos em cinco reinos

Segundo a classificação dos seres vivos mais atual, proposta por Whittaker em meados do séc. XX, os seres vivos dividem-se em cinco reinos:


a) REINO DOS ANIMAIS - seres vivos pluricelulares geralmente com locomoção própria e que se alimentam de outros seres vivos.







b) REINO DAS PLANTAS - seres vivos pluricelulares sem locomoção. Têm clorofila e produzem o seu próprio alimento.









c) REINO DOS FUNGOS - seres vivos pluricelulares (às vezes unicelulares). Sem locomoção. Não têm clorofila e alimentam-se de matéria orgânica em decomposição (apodrecida) ou parasitam outros seres vivos.





d) REINO PROTISTA - Seres vivos geralmente unicelulares (alguns podem ser pluricelulares). As células têm núcleo individualizado. Este reino inclui protozoários e algas.





e) REINO MONERA - seres vivos unicelulares sem núcleo individualizado. O exemplo mais comum são as bactérias.








Muitas vezes os reinos dos seres vivos são apresentados através de um esquema em "árvore". Este esquema permite não só relacionar as espécies de acordo com o grau de parentesco, mas também organizá-los em termos de complexidade (os mais simples na base e os mais complexos no topo).

Classificação de Whittaker (esquema em "árvore").



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Importância da classificação dos seres vivos

Que seria de nós, quando vamos às compras, se os hipermercados não estivessem organizados por secções (frutos e legumes, congelados, roupa, papelaria,...)?

Vista de hipermercado


A nossa vida seria muito mais complicada! As coisas estariam todas misturadas: cebolas com latas de conserva, cuecas no meio do arroz e dos livros, brinquedos ao lado dos bifes de frango e dos guardanapos...
Sempre que quiséssemos comprar por exemplo laranjas teríamos que correr as prateleiras de todos armários do hipermercado!

Pois, mas o que é que isto tem a ver com as Ciências? 

Existem na natureza tantas espécies diferentes de seres vivos que houve a necessidade, tal como nos hipermercados, de as agrupar de acordo com as suas semelhanças e/ou diferenças de modo facilitar o seu estudo. É claro que estas divisões em grupos existem somente nas nossas cabeças, elas não ocorrem de facto no mundo natural!

As primeiras classificações dos seres vivos foram realizadas pelos homens primitivos.  Eles  dividiram-nos em comestíveis e não comestíveis, perigosos e não perigosos, venenosos e não venenosos, de acordo com as suas necessidades de sobrevivência.



Com o evoluir do conhecimento novas formas de classificação foram surgindo. Atualmente, os cientistas utilizam um sistema que resulta da evolução de um anterior proposto por Lineu (século XVIII) . Este sistema baseia-se nas seguintes categorias sistemáticas:

- REINO
- FILO
- CLASSE
- ORDEM
- FAMÍLIA
- GÉNERO
- ESPÉCIE

Cada reino é subdividido em filos. Estes são formados por diferentes classes. As classes subdividem-se em ordens que, por sua vez, são constituídas por famílias. As famílias subdividem-se em géneros e estes em espécies.

A espécie constitui, portanto, a base do sistema de classificação. Por sua vez, o reino é o grupo sistemático que abrange maior número de seres vivos.

Parece-te confuso? Vais ver que não é assim tão difícil quando começares a utilizar na prática este sistema de classificação!

Organização dos seres pluricelulares

Será que um monte de células empilhadas umas sobre as outras constitui um ser vivo pluricelular? É claro que não! As coisas são muito mais complicadas do que isso...

Então é assim:

Em primeiro lugar há uma grande variedade de células, elas não são todas iguais. Há, por exemplo, células musculares, nervosas, do sangue... todas diferentes não só no aspeto, mas também no trabalho que realizam. Os vários tipos de células estão ainda associados em diferentes níveis de organização. De que forma? Observa a imagem:

Organização celular de um ser vivo pluricelular



CÉLULAS com forma e funções semelhantes formam TECIDOS. Os TECIDOS agrupam-se formando ÓRGÃOS. Vários ÓRGÃOS podem associar-se formando um SISTEMA. O conjunto de todos os SISTEMAS forma um ORGANISMO.



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Seres unicelulares e pluricelulares

De acordo com o número de células que constituem os seres vivos podemos classificá-los em:




a) Unicelulares - formados por uma só célula;

Podes ver, neste pequeno vídeo feito a partir de um microscópio (ampliação de 400X), paramécias (seres unicelulares que vivem em água doce).







b) Seres pluricelulares - constituídos por várias células.





Embora de tamanho pequeno, uma formiga é fomada por cerca de 1 milhão de células!







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Para além do número de células podemos ainda classificar os seres vivos quanto à sua dimensão (tamanho). Neste caso dividimo-los em:




a) Seres microscópicos (micróbios ou microrganismos) - seres vivos que só se veem ao microscópio;

O rotífero, que aparece no vídeo seguinte, é um ser vivo microscópico embora seja pluricelular (o seu corpo é formado por aproximadamente 1000 células).






b) Seres macroscópicos - seres que se podem observar a olho nu.

Apesar de muito pequena, a pulga é um animal macroscópico porque se consegue ver a "olho nu".




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Constituição da célula

Todos os seres vivos são formados por células. Podemos dizer, assim, que a célula é a unidade básica de construção dos seres vivos.

Mas, como é constituída uma célula? Para além de outras estruturas que irás conhecer mais tarde, em anos mais avançados, podemos dizer que esta é fundamentalmente constituída por:


- Membrana celular (barreira externa da célula que envolve o citoplasma; permite trocas entre a célula e o meio que a rodeia);

- Citoplasma (interior da célula de aspecto gelatinoso e mais ou menos transparente);

- Núcleo (de forma geralmente esférica ou oval no interior do citoplasma; possui as informações sobre o funcionamento da célula).

Células de película de cebola




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